
Esse texto faz parte do livro que estou escrevendo. Em cada primeiro dia do mês escrevo uma carta que estará publicada no capítulo de uma retrospectiva de 2020. Segue a carta:
2020… o ano em que a Terra parou!
Onde estamos? Num novo normal? Havia algum normal? Estamos então num novo anormal? Estamos indo para um novo anormal normal?
Se a essa altura do campeonato tiver alguém ainda achando que é uma crise passageira e que as coisas voltarão a ser como eram… talvez estejamos todos sofrendo de “Normose”.
Se você não está familiarizado com o termo Normose, sugiro que pare tudo que está fazendo e mergulhe por um instante num conceito maravilhoso para esse nosso tempo de pandemia.
Jean-Yves Leloup, Pierre Weil e Roberto Crema Normose definiram que normose é “um conjunto de hábitos considerados normais pelo consenso social que, na realidade, são patogênicos e nos levam à infelicidade, à doença e à perda de sentido na vida”. Escreveram em 2003 o livro “Normose: A patologia da normalidade”, a sensação de normose ocorre quando o contexto social que nos envolve se caracteriza por um desequilíbrio crônico e predominante. Parece familiar?
Assista, assim que puder, o TED com o Roberto Crema nos iluminando com essa patologia que sempre nos afligiu, mas que agora está a flor da pele: http://bit.ly/TEDnormose
No filme o Dia que a Terra parou, um alienígena vem para o nosso planeta nos alertar sobre o que o nosso comportamento está causando a nossa interdependência planetária. Parece que a ficção virou realidade! Essa civilização está numa crise existencial como nunca teve.