
Amanhã será outro dia!
Amanhã será mais um dia!
O que está acontecendo? Tudo ao mesmo tempo! Será que estamos ficando acostumados e a crise civilizatória não nos afeta mais? Como estamos em relação ao desastre histórico do Furacão Ian, os 219 dias da invasão Russa na Ucrânia, a vitória da Giorgia Meloni na Itália, os mísseis lançados hoje pela Korea do Norte, os incêndios e desmatamentos recordes na Amazonia, o Brasil ser o país que mais matou ativistas ambientalistas e líderes comunitários em dez anos (Global Witness), o debate ridículo entre os que podem ser eleitos para governar esse país e, também, como estamos em relação ao Covid? Alguém se importa?
Vou, agora, falar de coisa boa! O orgulho que terei em votar amanhã! Pode?
Meu voto será para a eleger a Marina Silva!
Meu principal voto vai para Marina Silva (1818), candidata à Deputada Federal por São Paulo.
Marina Silva tem recebido meu voto, respeito e admiração desde 2010.
Nessa dúzia de anos testemunhei a ambientalista, política e professora nos mais diversos momentos de ativismo direto sem qualquer gesto de autopromoção. Uma humildade genuína diante de seu precioso conhecimento, sabedoria e legado. Uma intensa curiosidade em aprender e apreender, surpreendendo e entusiasmando quem com ela interage. Ela esteve presente em praticamente todos os acontecimentos de impacto socioambiental com ações diretas e resultados significativos.
Ela é reconhecida e admirada mundialmente. Ontem, por exemplo, saiu no jornal “The Economist” e hoje no francês “Le Monde”.
Hoje paro por aqui! Não tenho mais palavras ou energia para continuar. Talvez o show do Oswaldo Montenegro, hoje à noite, possa me trazer um pouco de paz e que a minha loucura seja perdoada.
METADE
Oswaldo Montenegro
Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece, nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas como a única coisa
Que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Porque metade de mim é a lembrança do que fui
Mas a outra metade, não sei
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é plateia
A outra metade é canção
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também
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